08 setembro 2007

Lado a lado .

Abre-te a mim, amado,
neste rio de cardos cravados na memória.
Bolina o meu corpo, no leme da nossa história,
…sem demora …

que o vento é de nortada, que o vento por nós
ondula a espuma da vaga e chora.
Que, no areal da tarde, a gaivota regressou e já lá mora,
… em espera,

e no seu doirado bico, tem um mapa cravado,
em que o meu e o teu destino, têm um ponto cruzado,
no reponto da maré.

Abre-te a mim, amado,
no deportar da saudade, nesta vagem de frutos silvestres,
dulcíssimos e avermelhados.
Amoras maduras, framboesas, mirtilos ensandecidos…

Liberta-te do sepulcro dos silêncios, ao clamor rugente dos sentidos;
Tange harpa em cordas com a polpa dos teus dedos,
e liberta, por fim,
do meu corpo e de ti, na impudicícia do momento,
um sílex fino, um gemido de violino.

Abre-te a mim, amado … na neblina da manhã,

…leve, leve,

em estrelícias pontiagudas, em promessas rubras de febre,
em aromas de hortelã!

“Lado a lado … lado a lado!!!”

1 comentário:

Mel de Carvalho disse...

Haja paciência (a minha) por gente e com gente que, faz plágio descarado desta maneira...

Pensa que mudar o nome a um poema basta para o publicar como seu?

Este poema, caríssima senhora é da Maria Amélia de Carvalho Luís, está registado no IGACC. Plágio é roubo aqui ou na China. Estou a começar a perder a paciência e, de agora em diante, vou accionar mecanismos de outra natureza para quem, abusa deste modo do que os outros escrevem.

Este poema está em:
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=16128

com o nome: "Abre-te a mim amado".

Sem mais!